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A Engarrafamento Pitú, uma das maiores indústrias de cachaça do Brasil, chegou aos 80 anos. Neste ano de 2018, a mais querida dos nortistas e nordestinos completa oito décadas de histórias de sucesso e com muitos motivos para celebrar. Com tradição familiar, a empresa se consolidou como uma das maiores indústrias de bebidas do Brasil, e engarrafa e comercializa, em média, 98 milhões de litros por ano.

Em comemoração ao marco de 80 anos, a Pitú lançou uma edição especial de sua tradicional lata de 350 ml da “branquinha”, com layout especial de aniversário, que traz referências de produtos e materiais gráficos da época da criação da cachaça, dando uma estética “retrô” à embalagem. O acabamento fosco e a aplicação de um pantone dourado mostram o quanto uma marca com oito décadas de vida consegue se manter com um espírito jovem.

Genuinamente pernambucana, a fábrica da Pitú está localizada no município de Vitória de Santo Antão (PE), na Avenida Áurea Ferrer de Moraes S/N, onde é possível também conhecer um pouco da trajetória da empresa por meio do acervo do seu Centro de Visitação, que reúne histórias e relíquias da marca pernambucana.

A empresa está em sua terceira geração de gestores e atua mantendo os ‘pilares’ da família nas relações diárias. No Brasil, a Pitú é líder nas regiões Norte e Nordeste, e segundo lugar no mercado nacional. Já no exterior, lidera em absoluto, sendo a maior exportadora de cachaça brasileira. A empresa ainda está entre as 20 marcas de bebidas destiladas mais produzidas no mundo. E na Europa, ela domina o mercado, sendo a Alemanha o país líder em consumo. Além do velho continente, a Pitú também está presente em outros territórios como Estados Unidos, Canadá, México, China, Japão, Índia, Emirados Árabes, Tailândia, Austrália, África do Sul, Angola, Uruguai, Paraguai e Argentina.

A brasileiríssima cachaça alçou também novos voos, sendo apreciada não apenas pelo seu valor, mas por sua qualidade. As destilarias têm investido em tecnologias de produção, que vão desde a escolha minuciosa da muda da cana de açúcar até a embalagem, resultando em um sabor e uma estética mais sofisticada.

Para ser considerada Premium, a cachaça precisa ser envelhecida em barril de madeira por pelo menos um ano. A Pitú tem dois produtos no seu portfólio que se encaixam nessa avaliação, a Pitú Gold Premium, envelhecida em barris de carvalho americano por dois anos, e a Extra Premium Vitoriosa, envelhecida por no mínimo cinco anos embarris de carvalho francês. Após esse período, a Vitoriosa é transferida para barris de carvalho americano, onde ocorre o aprimoramento da qualidade sensorial do produto através do refinamento e da harmonização de aromas e cor. Com uma sofisticação diferenciada entre a cachaça, a Vitoriosa é o produto conceito da marca pernambucana.

História

Fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes na cidade de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata Norte de Pernambuco, inicialmente a empresa trabalhava com a fabricação de vinagre, bebidas à base de maracujá e jenipapo, além de engarrafar aguardente de cana fornecida por engenhos locais.

Naquela época, mal sabiam eles que a cachaça seria o sucesso da marca, e uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros. Com ritmo de crescimento acelerado, em 1945 a empresa comprou o engenho Arandú do Coito, depois denominado de Engenho Pitú, passou a produzir sua própria aguardente de cana em destilaria, e industrializou seu engarrafamento com a aquisição de máquinas importadas. Foi nesta época que a empresa recebeu o nome de Indústria de Aguardente Pitú, uma referência ao nome do Engenho e aos “pitús”, crustáceos de água doce muito apreciados, que existiam em abundância nos mananciais que banhavam o engenho.

O primeiro rótulo da marca, “Pitú – Melhor que Todas” foi criado por um amigo dos fundadores, o artista plástico pernambucano e apreciador de cachaça Henrique de Holanda Cavalcanti. Entre as décadas de 1950 e 1970, a Pitú se consolidou como marca, quando a empresa expandiu sua produção no negócio de bebidas, levando a empresa a ganhar o mercado nacional. E no início 1970, ela iniciou sua divulgação e comercialização no exterior, começando pela Alemanha como parceiro com visão de negócio estratégico que levou a Pitú para toda Europa.

Com a expansão da marca, a Pitú viu a necessidade de adquirir novos equipamentos, ampliar a infraestrutura e, em 1974, inaugurou suas novas instalações às margens da BR-232, em Vitória de Santo Antão, endereço atual. Sempre Inovadora, no final de 1980, a Pitú foi a primeira empresa a lançar aguardente envasada em recipiente metálico, a Pitú em latinha. Na década de 1990 a Pitú encerrou sua atividade de destilaria e focou no negócio Comercialização da Cachaça. Para garantir a qualidade do produto, criou um programa de acompanhamento da qualidade, favorecendo o aprimoramento tecnológico e a profissionalização de pessoas nas unidades fornecedoras.

Seguindo a linha de desenvolvimento e pioneirismo, a marca lançou a garrafa de vidro de 1 litro, diversificando ainda mais as embalagens do mercado. Em 1998, lançou novas bebidas no mercado: a Pitú Gold – cachaça envelhecida em barris de carvalho; a Pitú Cola - bebida à base de aguardente de cana e extrato a base de cola, gaseificada e com teor alcoólico de 5% vol.; o Vinho Do Frei - vinho tinto de mesa e suave, com teor alcoólico em 10,5% vol.; e oVinho tinto composto com catuaba - Catuaba Gavião - bebida à base de vinho tinto e extratos vegetais de catuaba, com teor alcoólico em 17% vol. Já em 2005 lançou a Pitú Limão - uma bebida composta de aguardente de cana, açúcar, água, aroma natural de limão com teor alcoólico de 20% vol e em 2007, a Vodka Bolvana. Para ampliar a visibilidade, neste mesmo ano a Pitú fechou parceria com lojas Dufry localizadas em aeroportos nacionais. Comemorando os 75 anos, a Pitú lançou sua bebida mais premium, a Vitoriosa.