PorRedação Fispal Food Service-08 de outubro, 2025
No dinâmico e cada vez mais competitivo universo do food service, a ideia de que “definir público-alvo é uma questão de branding” perdeu sua validade. Hoje, entender quem é o seu consumidor é uma questão de sobrevivência. Para donos de bares e restaurantes, essa clareza é a chave para otimizar investimentos, fidelizar clientes, se destacar no mercado e, consequentemente, aumentar a lucratividade.
Essa necessidade já foi reconhecida por instituições relevantes como o Sebrae, que apontou que focar no público pode aumentar as vendas. Além disso, o food service brasileiro atingiu R$ 62,4 bilhões em gastos no 2º trimestre de 2025, o maior valor já registrado, segundo a pesquisa Crest divulgada pelo IFB (Instituto Foodservice Brasil) e realizada pela Gouvêa Inteligência, comprovando que investir no setor se tornou crucial.
O dia a dia de um restaurante é uma maratona de processos, e cada erro estratégico pode comprometer a operação. Focar energia no que realmente importa é essencial, e isso só é possível quando se sabe para quem se está servindo. Sem foco, restaurantes desperdiçam recursos valiosos, perdem eficiência, não se conectam com o consumidor certo e ficam vulneráveis à concorrência e às crescentes pressões de custos. Definir o público-alvo é a única forma de direcionar esforços em cardápio, experiência, tecnologia e comunicação para o cliente que sustenta o negócio.
A última edição da pesquisa Galunion sobre Visão do Consumidor 2025 é categórica: o consumidor atual não busca apenas qualidade, ele necessita de uma experiência completa. Essa jornada começa na navegação online, passa pelo momento em que o prato chega à mesa e se estende até o compartilhamento nas redes sociais.
Antes de decidir onde comer, o cliente pesquisa online, consulta avaliações, menus, fotos dos pratos e promoções. Ele transita entre o delivery e o consumo presencial no salão exigindo que o estabelecimento ofereça uma experiência consistente em ambas as plataformas, interfaces digitais intuitivas, rápidas e um atendimento excepcional em ambientes confortáveis.
Para os restaurantes, isso significa que não basta mais um perfil demográfico básico. É preciso entender o comportamento em cada jornada. Quando o cliente prioriza a velocidade, atenção humana e conveniência, ele está disposto a pagar mais por uma experiência diferenciada. Com margens cada vez mais apertadas, não há espaço para atender todo mundo do mesmo jeito. Apenas quem conhece profundamente seu público consegue desenhar a operação e escolher as tecnologias certas para transformar essas novas demandas em rentabilidade.
A tecnologia desempenha um papel crucial nessa jornada de compreensão do público. As soluções de autoatendimento, como tablets, totens, QR Codes e plataformas de delivery próprio, como as da Goomer, geram dados valiosos sobre o comportamento do consumidor. Quais pratos são os mais pedidos? Quais opcionais aumentam o ticket médio? Em quais horários há maior demanda? Quais clientes retornam e quais se perdem? Todas essas informações, antes baseadas em “palpites”, agora são tangíveis.
Um exemplo notável é o da Milk & Mellow, uma tradicional hamburgueria paulistana. Ao perceber que boa parte do seu público-alvo, a Geração Z, valorizava conveniência e autonomia, o restaurante implementou o cardápio no tablet. O resultado? Um crescimento de 126% no ticket médio e um aumento considerável no faturamento em apenas seis meses. Isso demonstra como a definição clara de público, apoiada por tecnologia, transforma dados de consumo em estratégia e gera impacto direto nos resultados financeiros.
Esse é um caso de destaque, mas traduz uma realidade que a Goomer vê repetidamente: restaurantes que conhecem seu público e aplicam a tecnologia certa conseguem ampliar em média de 10% a 25% seu ticket, chegando a até 50% em segmentos como cafeterias e pubs.
O food service está entrando em uma fase em que as preferências individuais ditam o modelo de operação. As tendências que despontam hoje só se aceleraram nos próximos anos, reforçando a urgência de conhecer profundamente o cliente:
*Fonte: FoodConnection